sábado, 6 de janeiro de 2018

Oração pela Paz na Benedita exorta crentes a acolher, proteger, promover e integrar

“Fazer a Paz é obra de Deus neste mundo. Assim o fez Jesus, do Presépio à Cruz. Assim continua a ser, pelo Espírito Santo que nos deu. Também deste modo compreenderam os jovens e outros cristãos com quem rezei na Benedita”. As palavras são do cardeal-patriarca de Lisboa, em declarações ao Comércio & Notícias, caracterizando aquele encontro de oração pela paz, no primeiro dia de 2018, como “uma boa maneira de começar o ano a partir de Deus”.

Dinamizada pela pastoral juvenil da paróquia da Benedita (vigararia de Alcobaça/Nazaré), a celebração presidida por D. Manuel Clemente, teve por base a mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial da Paz, e evocou como dimensões essenciais, os quatro verbos centrais, “acolher”, “proteger”, “promover” e “integrar”.

Também quatro jovens da paróquia da Benedita manifestaram os seus testemunhos desta atividade ao Comércio & Notícias.

Emanuel Silva disse estar consciente de que ambas as ações devem ser concretizadas também “nas comunidades paroquiais mais pequenas, entre vizinhos e até na própria família”. “Nos dias de hoje, o Santo Padre diz-nos que podemos e devemos praticar estes gestos sobretudo junto da comunidade migrante, pois muitos vêm de onde nada têm, em busca de uma vida melhor e por isso nós podemos acolhê-los, oferecer-lhes proteção e segurança, promover uma vida estável integrando-os na sociedade”, sustentou.

“Acolher, como Maria e José acolheram o Filho de Deus; Proteger, como no episódio da Sagrada Família com a fuga para o Egipto da perseguição do rei Herodes; Promover, educando Jesus e acompanhando-o no seu crescimento; e Integrar Jesus, Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem efetivamente”, justificou o jovem apelando os fiéis à construção da paz sob “um olhar terno” e focado no essencial, “o nascimento do Menino no presépio”.

Rafael Santos afirmou que a vigília orante foi mais uma ocasião oportuna para, “em conjunto com todo o mundo, a comunidade paroquial se juntar e rezar pela paz, numa altura crítica em diversos países, com crise de refugiados e migrantes”. Para este jovem e acólito, a “presença” do cardeal-patriarca “marcou” com palavras dirigidas à juventude e a “todos aqueles que já foram jovens à algum tempo”.

Martina Ferreira recordou que a Oração pela Paz no primeiro dia do ano já é uma tradição antiga dos jovens da paróquia da Benedita. Segundo a jovem, neste ano, em que a mensagem do Papa Francisco “se centrou bastante nos refugiados, a presença do nosso bispo D. Manuel Clemente veio dar um sentimento ainda mais especial à celebração”.

“Assim, rezámos para que as palavras centrais da mensagem, “acolher”, “proteger”, “promover” e “integrar”, se tornem cada vez mais efetivas, face à realidade que o mundo de hoje enfrenta”, declarou.

Já Rafaela Vieira caracterizou a atividade como um “momento de retiro pessoal e espiritual”, com possibilidade de reflexão sobre os próprios, “enquanto seres Humanos individuais e seres Humanos num contexto social”. “Esta oração fez-nos olhar para o nosso passado, com esperança de um futuro melhor”, reforçou.


João Polónia/Comércio & Notícias

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